Exposições sobre os 100 anos de Darcy Ribeiro nos fazem refletir sobre nosso futuro como povo
Duas diferente exposições celebram os 100 anos de Darcy Ribeiro. Uma em Brasília, na Biblioteca Nacional de Brasília, no Distrito Federal, e outra no SESC 24 de Maio, na capital paulista. A primeira, “Darcy Ribeiro: um homem de ideias, palavras”, vai até março do ano que vem e traz trechos de relevantes trabalhos escritos pelo antropólogo selecionados pelos servidores da própria biblioteca a partir de livros pertencentes ao acervo do equipamento cultural. A do SESC oferece um mergulho na obra de Darcy Ribeiro, revisitando seu legado como intérprete do Brasil, dando a quem a visita a oportunidade de refletir sobre nosso futuro como povo e nação. Com curadoria de Grinspum Ferraz, a mostra “Utopia brasileira – Darcy Ribeiro 100 anos” está aberta ao público até 25 de junho de 2023 no quinto andar da unidade. Com entrada franca, a exposição possui recursos de acessibilidade que estão à disposição do público para acesso livre e autônomo. Visitas de grupos, com duração aproximada de uma hora e meia, acontecem de terça a quinta-feira, às 9h30, 14h30 e 19h30 e precisam ser agendadas,
Antropólogo, acadêmico, educador, político, visionário e escritor. Darcy Ribeiro dedicou-se à educação, não só em discursos, mas como homem de Estado e de ação. Por isso escreveu muito. Foram dezenas de obras publicadas.
A produção de Darcy, que chegou a fazer parte da Academia Brasileira de Letras (ABL), pode ser dividida entre cinco grandes grupos. Os seus quatro romances (Maíra, O Mulo, Utopia Selvagem e Migo). Os de conteúdo etnológico, nos quais tratou de línguas e costumes dos povos indígenas. Os de cunho antropológico, sobre a formação e o processo civilizatório do Brasil e das Américas. Os ensaios acadêmicos sobre os temas aos quais se dedicou. E seus livros sobre educação.
Estivesse vivo, o antropólogo, historiador, sociólogo, escritor e senador Darcy Ribeiro teria completado 100 anos no dia 26 de outubro deste ano. Natural de Montes Claros-MG, morreu em 1997 em Brasília, aos 74 anos, vítima de um câncer na próstata.
Fonte: Agência Senado, Agência Brasil e Turismo&Cultura.