14 de março de 2025

Carnaval. Blocos enfrentam riscos por causa do calor extremo. Especialistas fazem alerta

calor intenso - carnaval - rovena rosa - agencia brasil

Especialistas alertam foliões para o perigo de ficarem expostos ao calor extremo. Foto Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil.

Os blocos de rua do Carnaval 2025 podem se transformar em cenários de risco para foliões diante da onda de calor intenso que atinge o Brasil, com temperaturas acima de 40°C no Rio Grande do Sul e sensação térmica ainda mais elevada em outras regiões. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o centro-oeste gaúcho lidera o alerta, mas todo o Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste registrarão máximas entre 34°C e 38°C nos próximos dias, combinando umidade alta e radiação solar extrema. A exposição prolongada a essas condições eleva o risco de insolação, desmaios e até colapso por hipertermia, especialmente em aglomerações.

A previsão do Inmet indica que o calor seguirá acima da média climatológica em pleno período de folia, com mínima chance de alívio: apenas chuvas isoladas e breves em algumas áreas. No Centro-Oeste, a combinação de umidade e calor pode ampliar a sensação de abafamento, enquanto no Nordeste, termômetros devem superar 38°C no interior. Médicos reforçam a necessidade de hidratação constante, uso de roupas leves e evitar álcool em excesso. “É uma situação crítica: o corpo não consegue dissipar calor adequadamente em multidões, e o risco de desidratação severa é real”, alerta um especialista do Inmet.

Estereótipos indígenas no carnaval

Foto Crédito: Governo de São Paulo/Divulgação.

O Museu das Culturas Indígenas, em São Paulo, inaugura neste sábado (1º) a instalação “Representatividade x Representação: é só uma homenagem?”. A mostra fotográfica analisa como escolas de samba do Anhembi (SP) e da Sapucaí (RJ) retrataram temas indígenas em desfiles, muitas vezes reforçando estereótipos. Com curadoria compartilhada por educadores indígenas do museu, a visita guiada aborda tradições ancestrais e problematiza o uso de cocares, pinturas corporais e grafismos étnicos sem consulta às comunidades.

A exposição, que segue até 30 de março, questiona a apropriação cultural e defende a inclusão efetiva de povos originários na criação de enredos, fantasias e letras de samba. O debate central destaca a diferença entre representação (frequentemente exótica) e representatividade (voz autêntica indígena).  O Museu das Culturas Indígenas fica no Parque da Água Branca, no bairro da Água Branca, zona oeste de São Paulo. O endereço completo é Av. Brasília, 2.729 (Água Branca). A entrada é franca aos sábados.

Exposição celebra 60 anos da “Jovem Guarda”

O programa “Jovem Guarda” lotava o auditório da TV Record, em São Paulo. Foto Crédito: Acervo MIS.

O Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo inaugurou a exposição “Jovem Guarda: 60 Anos de um Brasil em Ritmo de Rock”, celebrando o movimento cultural que revolucionou música, moda e comportamento juvenil nos anos 1960. Com mais de mil itens – como discos raros, roupas icônicas e fotos inéditas -, a mostra rememora o programa de TV Jovem Guarda (1965-1968), liderado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa. O espaço destaca a conexão pioneira entre artistas jovens e seu público, introduzindo no Brasil o rock influenciado pelos EUA, guitarras elétricas e uma estética despojada, com jeans e minissaias, que simbolizou a liberdade de uma geração.

Apesar do sucesso, o movimento enfrentou resistência: em 1967, artistas como Elis Regina e Gilberto Gil lideraram a Marcha contra a Guitarra Elétrica, criticando-a como símbolo de alienação cultural durante a ditadura. Curiosamente, o nome Jovem Guarda originou-se de uma frase de Vladimir Lênin, adaptada por um jornal da época. O programa popularizou gírias como “é uma brasa, mora!” e impulsionou uma indústria cultural que incluía até bonecos licenciados. A exposição também revela participações surpreendentes, como Jorge Benjor e Sérgio Reis, que posteriormente seguiram rumos opostos.

Com curadoria de Washington Morais e sua filha Ingrid, a mostra resgata histórias como a da cantora Lilian Knapp, símbolo da emancipação feminina no movimento, e destaca seu legado em bandas dos anos 1980, como Legião Urbana. Aberta no MIS-SP, a exposição exibe itens como o primeiro LP de Roberto Carlos e partituras manuscritas, com entrada gratuita às terças e na terceira quarta-feira do mês. “Eles transformaram a juventude em identidade cultural”, resume Ingrid, sublinhando a influência duradoura da Jovem Guarda.

Sevani Matos continua à frente da CBL

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) empossou nesta quinta-feira (27) sua diretoria para 2025-2027, com Sevani Matos à frente do segundo mandato consecutivo. A chapa “O livro nos une” manteve Diego Drumond (vice-administrativo), Hubert Alquéres (vice de operações) e Luciano Monteiro (comunicação e sustentabilidade). O plano estratégico da gestão inclui cinco pilares: consolidar a liderança da CBL no setor, ampliar parcerias com o poder público e entidades internacionais, equilibrar a cadeia produtiva, impulsionar o mercado via dados e fortalecer a instituição.

Em discurso, Sevani Matos, diretora-geral da VR Editora há 16 anos, destacou compromissos como políticas públicas para acesso à leitura, internacionalização de obras nacionais e práticas sustentáveis. A entidade, fundada em 1946, assume o desafio de recuperar o mercado pós-pandemia e inovar diante das transformações do setor. Informações são do PublishNews.

Memorial no lugar do Dops da Lapa

Sede do antigo DOPS, na Lapa, pode se transformar num memorial da resistência. Foto Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil.

O Ministério da Cultura estuda reaver o prédio da ex-Polícia Central na Lapa (RJ), usado pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) para perseguir e torturar opositores durante o Estado Novo e a ditadura militar. O objetivo é transformá-lo em um memorial em homenagem às vítimas da repressão, como Luiz Carlos Prestes e Olga Benário, promovendo reflexão sobre direitos humanos e democracia.

A ação se baseia no Termo de Transferência de 1965, que permite à União retomar o imóvel caso não cumpra sua função original — abandonado há 40 anos, o local hoje está deteriorado. O projeto visa resgatar a memória do espaço, convertendo-o de símbolo de violência estatal em centro educativo contra o autoritarismo. A iniciativa reforça a política de transformar locais de trauma em ferramentas de conscientização histórica.

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