
A poesia e a língua portuguesa são o tema central da festa, que tem Paulo Leminski com autor homenageado. Crédito da foto; reprodução site da FLIP.
Começa no próximo dia 30 a 23ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), em Paraty, Rio de Janeiro. A curadoria da festa está novamente a cargo de Ana Lima Cecilio, formada em Filosofia pela USP. Trabalhando há 20 anos no meio editorial, ela foi editora da Carambaia e do selo Biblioteca Azul, da Globo Livros, onde ficou responsável por trazer ao Brasil importantes autores, como Elena Ferrante. Veja a seguir as vinte e uma mesas literárias desta edição, que têm como fio condutor a poesia e a própria língua portuguesa, inspiradas em Paulo Leminski, o autor homenageado deste ano. Ao mesmo tempo, com o olhar atento ao presente, a programação também se volta para temas relevantes nos cenários nacional e internacional, como o meio ambiente, a crise climática, as guerras e a luta pela democracia. O evento termina em 3 de agosto.
Mesa 1 – Essa noite vai ter sol Arnaldo Antunes Psia (Iluminuras, 1991), Tudos (Iluminuras, 1991), As coisas (Iluminuras, 1992), 2 ou + corpos no mesmo espaço (Perspectiva, 1997), 40 escritos (Iluminuras, 2000), Como é que chama o nome disso (Publifolha, 2006) e N. D. A. (Iluminuras, 2010). Confira também suas músicas em plataformas de áudio. Mesa 2 – Caprichos e relaxos Fabrício Corsaletti Esquimó (Companhia das Letras, 2010), Engenheiro fantasma (Companhia das Letras, 2022), La ley del deseo y otras películas (Corsário-Satã, 2023) e Um milhão de ruas (Editora 34, 2025). Lilian Sais O funeral da baleia (Patuá, 2021), Motivos para cavar a terra (Cepe Editora, 2022), O livro do figo (Edições Macondo, 2023), Palavra nenhuma (Círculo de Poemas, 2024) e A cabeça boa (DBA, 2025). Mesa 3 – Tristes tramas Anabela Mota Ribeiro Paula Rego por Paula Rego (Temas e Debates, 2016), Por Saramago (Temas e Debates, 2018), A flor amarela: ímpeto e melancolia em Machado de Assis (Quetzal, 2017) e O quarto do bebé (Quetzal, 2023). Neige Sinno Triste tigre (Record, 2025). Mesa 4 – A casa, o mundo Alia Trabucco Zerán A subtração (Moinhos, 2020), As homicidas (Fósforo, 2023) e Limpa (Fósforo, 2024). Lilia Guerra Rua do Larguinho (Patuá, 2021), Amor avenida (Patuá, 2022), Novelas que escrevi para o rádio (Patuá, 2022), Crônicas para colorir a cidade (Patuá, 2022), O céu para os bastardos (Todavia, 2023) e Perifobia (Todavia, 2025). Mesa 5 – Todas as formas Mar Becker A mulher submersa (Urutau, 2020), Sal (Assírio & Alvim Brasil, 2022), Cova profunda é a boca das mulheres estranhas (Círculo de Poemas, 2024) e Noite devorada (Círculo de Poemas, 2025). Monique Malcher Flor de gume (Jandaíra, 2020; Moinhos, 2025), Degola (Companhia das Letras, 2025). Mesa 6 – A extraordinária vida comum Pedro Guerra Avenida Molotov (Quelônio, 2018) e O maior ser humano vivo (Record, 2024). Sandro Veronesi A força do passado (Rocco, 2003), Caos calmo (Rocco, 2007), XY (Rocco, 2011) e O colibri (Autêntica Contemporânea, 2024) e Setembro negro (Autêntica Contemporânea, 2025). Mesa 7 – Pequenos países, grandes movimentos Gaël Faye Pequeno país (Carambaia, 2023), Jacarandá (Editora 34, 2025) e, para as pequenas e os pequenos, o livro infantil O tédio das tardes sem fim (Veneta, 2023). Escute também suas músicas em plataformas de áudio. GauZ’ De pé tá pago (Ercolano, 2025). |
Mesa 8 – Vide o verso Alice Ruiz Vice-versos (Brasiliense, 1988), Yuuka (Ameopoema, 2004), Dois em um (Iluminuras, 2008), Proesias (Tipografia Acaia, 2010), Outro silêncio (Companhia das Letras, 2015) e Amorumorhumor (Companhia das Letras, 2020), em parceria com Rodolfo Guttilla. Para leitoras e leitores mirins, Conversa de passarinhos (Iluminuras, 2008), ao lado de Maria Valéria Rezende, e Nuvem feliz (Editora 34, 2010), com Edith Derdyk. Também vale a pena conferir suas canções em plataformas de áudio. Claudia Roquette-Pinto Os dias gagos (Edição da Autora, 1991), Saxífraga (Salamandra, 1993), Zona de sombra (7Letras, 1997), Corola (Ateliê Editorial, 2000), Margem de manobra (Aeroplano, 2005), Entre lobo e cão (Circuito, 2014), Alma corsária (Editora 34, 2022) e A extração dos dias (Círculo de Poemas, 2025). Para o público infantojuvenil, Botoque e Jaguar, a origem do fogo (Língua Geral, 2010). Marília Garcia Engano geográfico (7Letras, 2012), Um teste de resistores (7Letras, 2014), Paris não tem centro (7Letras, 2016), Câmera lenta (Companhia das Letras, 2017), Parque das ruínas (Luna Parque, 2018), Expedição: nebulosa (Companhia das Letras, 2023) e Pensar com as mãos (WMF Martins Fontes, 2025). Para crianças leitoras, Escolha uma palavra (Companhia das Letrinhas, 2025). Mesa 9 – O Brasil no espelho Tiago Rogero |Projeto Querino: um olhar afrocentrado sobre a história do Brasil (Fósforo, 2024). Em plataformas de áudio você também pode conferir seus podcasts narrativos “projeto Querino“, “Vidas Negras” e “Negra Voz“. Ynaê Lopes dos Santos Além da senzala: arranjos escravos de moradia no Rio de Janeiro 1808-1850 (Hucitec, 2010), História da África e do Brasil afrodescendente (Pallas, 2017), Juliano Moreira: o médico negro na fundação da psiquiatria brasileira (EdUFF, 2020) e Racismo brasileiro: uma história da formação do país (Todavia, 2022). Mesa Extra – O escritor de dois mundos Valter Hugo Mãe O remorso de Baltazar Serapião (Biblioteca Azul, 2008), A máquina fazer espanhóis (Biblioteca Azul, 2010), O filho de mil homens (Biblioteca Azul, 2011), O paraíso são os outros (Biblioteca Azul, 2018), As coisas mais belas do mundo (Biblioteca Azul, 2019). Mesa 10 – Tudo que desabrocha Giovana Madalosso A teta racional (Grua, 2016), Tudo pode ser roubado (Todavia, 2018), Suíte Tóquio (Todavia, 2020), Batida só (Todavia, 2025) e, para as crianças, Altos e baixos (HarperKids, 2024). Liv Strömquist A origem do mundo: uma história cultural da vagina ou a vulva vs. o patriarcado (Quadrinhos na Companhia, 2018), A rosa mais vermelha desabrocha (Quadrinhos na Companhia, 2021), Na sala dos espelhos (Quadrinhos na Companhia, 2023) e A astrologia (Quadrinhos na Companhia, 2025). Mesa 11 – Breve história do longo conflito Ilan Pappe A limpeza étnica na Palestina (Sundermann, 2016), Dez mitos sobre Israel (Tabla, 2022) e Brevíssima história do conflito Israel-Palestina (Elefante, 2025). Mesa 12 – O lugar da floresta Marina Silva O desafio da sustentabilidade: um debate socioambiental no Brasil (Fundação Perseu Abramo, 2001), co-organizado por Gilney Viana e Nilo Diniz, e a coletânea Sempre foi sobre nós (Record, 2022). Mesa 13 – Palavras: vida e obra Gregorio Duvivier A partir de amanhã eu juro que a vida vai ser agora (7Letras, 2011), Ligue os pontos: poemas de amor e big bang (Companhia das Letras, 2013), Put some farofa (Companhia das Letras, 2014), Percatempos: tudo que faço quando não sei o que fazer (Companhia das Letras, 2015), Caviar é uma ova (Companhia das Letras, 2016), Sísifo: ensaio sobre a repetição em sessenta saltos (Cobogó, 2020) e Sonetos de amor e sacanagem (Companhia das Letras, 2021). |
Mesa 14 – Senhora Liberdade Nei Lopes Poétnica (Mórula, 2014), Rio Negro, 50 (Record, 2015), Dicionário da história social do samba (Civilização Brasileira, 2015), junto a Luiz Antonio Simas, Filosofias africanas: uma introdução (Civilização Brasileira, 2020), também em parceria com Luiz Antonio Simas, e Bantos, malês e identidade negra (Autêntica, 2021). Também vale a pena escutar suas canções em plataformas de áudio. Mesa 15 – Ser mulher na América Latina Dahlia de la Cerda Cadelas de aluguel (DBA, 2025). Dolores Reyes Cometerra (Moinhos, 2022) e Miséria (Moinhos, 2024). Mesa 16 – Pertencer, transformar Astrid H. Roemer Sobre a loucura de uma mulher (Companhia das Letras, 2025). Verenilde Pereira Não da maneira como aconteceu (Thesaurus, 2002) e Um rio sem fim (Alfaguara, 2025). Mesa 17 – Invenção, memória Cristina Rivera Garza O invencível verão de Liliana (Autêntica, 2022), Autobiografia do algodão (Autêntica, 2025) e, para conhecer seu trabalho crítico e teórico, Os mortos indóceis: necroescritas e desapropriação (WMF Martins Fontes, 2024). María Negroni A arte do erro (100/cabeças, 2022) e O coração do dano (Poente, 2023). Mesa 18 – A ridícula ideia de estar lúcida Rosa Montero Lágrimas na chuva (Harper Collins, 2014), A ridícula ideia de nunca mais te ver (Todavia, 2019), Nós, mulheres (Todavia, 2020), A boa sorte (Todavia, 2022), O perigo de estar lúcida (Todavia, 2023) e A louca da casa (Todavia, 2024). Mesa 19 – Roçar a língua de Camões Caetano Galindo Sim, eu digo sim: Uma visita guiada ao Ulysses de James Joyce (Companhia das Letras, 2016), Latim em pó (Companhia das Letras, 2023), Lia (Companhia das Letras, 2024), Na ponta da língua: nosso português da cabeça aos pés (Companhia das Letras, 2025), Ana Lívia e outras mulheres (Cobogó, 2025) e As cidades (Fósforo/Círculo de Poemas, 2025). Ricardo Araújo Pereira Se não entenderes eu conto de novo, pá! (Tinta-da-China Brasil, 2012), Estar vivo machuca (Tinta-da-China Brasil, 2022), A doença, o sofrimento e a morte entram num bar (Tinta-da-China Brasil, 2022) e Coisa que não edifica nem destroi (Tinta-da-China Brasil, 2025). “Coisa que Não Edifica nem Destrói” também é o nome de seu podcast, que você pode escutar em plataformas de áudio. Mesa 20 – Mesa Zé Kleber: Espalhar poesia Luís Perequê Conheça seus discos autorais “Encanto Caiçara” (1992), “Eu, Brasileiro” (2006) e “Tô Brincando” (2010), voltado para crianças e educadores. Sergio Vaz Colecionador de pedras (Global, 2007), Literatura, pão e poesia (Global, 2011), Flores de alvenaria (Global, 2016) e Flores da batalha (Global, 2023). |