Proposta para visitação das Cataratas do Iguaçu deu origem ao Dia Nacional do Turismo
Criado no ano de 2012 em homenagem ao Parque Nacional do Iguaçu, 8 de maio é considerado o Dia Nacional do Turismo. Nesse dia, em 1916, o governo do Paraná solicitou a desapropriação de terras próximas às Cataratas do Iguaçu, com o objetivo de estabelecer uma área pública destinada à visitação do lugar. Viajar é frequentemente considerado um meio de escapar da rotina diária ou uma maneira de explorar novas culturas e destinos. No entanto, é muito mais do que isso. As viagens são uma parte essencial da economia global, sendo o turismo uma das maiores indústrias do mundo.
O impacto econômico das viagens se estende além das indústrias de viagens e hospitalidade, pois influencia o comércio, o transporte e vários outros setores. Além disso, as viagens têm implicações significativas para o bem-estar individual e social comprovadas por diversos estudos.
Segundo Lucinei Morrone, proprietária de uma agência de viagens localizada em Curitiba, no Paraná, o turismo é um dos principais contribuintes para a economia global, com potencial de gerar trilhões de dólares. “Uma das maneiras pelas quais as viagens impacta o setor econômico é através da criação de oportunidades de emprego. A indústria do turismo oferece empregos em uma variedade de áreas, incluindo hotelaria, transporte, varejo e entretenimento. Por exemplo, hotéis e restaurantes oferecem empregos para chefs, garçons, faxineiros e funcionários da recepção”, explica ela.
A empresária lembra que, em 2019, a indústria do turismo representou 10,3% do PIB global e gerou 330 milhões de empregos, de acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo. Já com referência ao Brasil, dados obtidos por Turismo&Cultura indicam que o setor correspondeu, no mesmo ano, a 8,1% do PIB (mais de 152 bilhões de dólares). Mais de 6 milhões de estrangeiros vieram conhecer as belezas naturais do Brasil naquele ano.
São Paulo, pólo turístico nacional
Segundo projeção do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), o desempenho do turismo paulista em 2023 será o maior dos últimos cinco anos. A estimativa é de que a economia do setor cresça 8% e, com isso, o PIB estadual atinja cerca de 300 bilhões de reais. As projeções do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apontam que o turismo gere até 80 mil empregos em São Paulo até o fim deste ano.
O avanço se deve principalmente ao turismo doméstico. São esperados 45 milhões de turistas nacionais, estimulados por três grandes atividades: o turismo rodoviário, a hotelaria e o setor de bares e restaurantes, um milhão de turistas a mais que em 2019. Em 2023, São Paulo também deve receber 2,3 milhões de turistas estrangeiros, contra 2,1 milhões de 2019. No total, serão 47,3 milhões de visitantes em 2023, superando os 46,1 milhões registrado em 2019.
Os aeroportos devem registrar 77 milhões de passageiros, na maior movimentação desde 2019, que registrou 76 milhões de passageiros, considerando voos domésticos e internacionais para os aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Viracopos. A ocupação dos meios de hospedagem chegará a 65,8% este ano, sendo 2,3 pontos percentuais acima de 2019; e o setor de bares e restaurantes deve crescer 8% em relação a 2022.
O crescimento do turismo traz impactos importantes para a economia paulista. As empresas ligadas ao setor devem apresentar faturamento de 90,1 bilhões de reais em 2023, estimulando a criação de 60 mil novos empregos em atividades ligadas ao setor.