
Zé Tepedino. Foto Crédito: Eduardo DallOglio/Divulgação.
A Casa Triângulo inaugura neste sábado, 29 de março, a partir das 12h, a exposição “Vento Corta”, segunda individual do artista carioca Zé Tepedino no espaço. A mostra reúne obras recentes que investigam materialidades, escalas e ritmos distintos, criando sistemas poéticos em diálogo constante. Elementos cotidianos se repetem, mas nunca de forma idêntica, enquanto o vento e o ato de cortar emergem como eixos conceituais — um sutil e quase invisível, o outro marcante e físico.
O vento como metáfora
Assim como o vento, que se faz notar mais pelos efeitos do que pela visibilidade, a exposição se constrói na relação com o tempo e a memória. “O vento é sutil, muitas vezes imperceptível, assim como muitos dos materiais com os quais escolho trabalhar. Mas, pela repetição de gestos simples, eles ganham presença e se afirmam no corte — uma marca evidente”, explica Tepedino. Bandas, frestas e dobras aparecem em peças que oscilam entre o frágil e o contundente, refletindo a dualidade proposta no título.
Poema e processo
A mostra ganha ainda mais camadas com o poema homônimo escrito pelo artista, que mistura imagens de paisagens transformadas, tempo acumulado e horizontes reinventados. Versos como “Uma neblina muda a paisagem” e “Quinas parecem dividir, mas o que há de macio acolhe” ecoam a sensibilidade material que caracteriza sua produção.
Trajetória e reconhecimento
Nascido no Rio de Janeiro (1990), Tepedino tem obras exibidas em Dubai, Milão e Bruxelas, além de participações em coletivas no Brasil e no exterior. Sua pesquisa transita entre instalação, escultura e poesia visual, sempre com um olhar agudo para gestos mínimos e transformações sutis.
SERVIÇO
Exposição: Zé Tepedino — “Vento Corta”
Abertura: 29/03 (sábado), das 12h às 17h
Período: 29 de março a 10 de maio de 2025
Local: Casa Triângulo (Rua Estados Unidos, 1324 — Jardim, SP)
Horários: Terça a sexta, 10h–19h | Sábado, 10h–17h
Entrada gratuita